terça-feira, 8 de setembro de 2015

Cultivo e Adubação de Abóboras

Introdução

    No Brasil, o termo abóboras designa plantas do gênero Cucurbita, que recebem em cada região do país diferentes nomes. Sua importância relaciona-se principalmente ao valor alimentício e à versatilidade culinária dos seus frutos. As sementes de abóboras são consideradas suplementos protéicos e são muito apreciadas em algumas regiões.
Tipos de Solo e Preparo.
   Solos profundos, friáveis, bem estruturados, que ocorrem em áreas de relevo plano a suavemente ondulado e com facilidade de água para irrigação. As áreas de solos aluviais, com boa drenagem e não sujeitas a inundação são muito recomendadas.
    A maioria dos solos serve para o  cultivo das abóboras, se devidamente preparados. Para terrenos novos recomenda-se uma aração a 20 cm de profundidade nas baixadas e 25 cm de profundidade nas encostas. Em terrenos já cultivados e que não precisam de calagem, a aração pode ser feita por ocasião do plantio. É preciso compreender como manejar a fertilidade do solo e usar da forma mais vantajosa os corretivos e fertilizantes para se conseguir o retorno econômico esperado. Por isso é recomendado  fazer a análise de solo. Como regra, basta coletar 20 subamostras simples por gleba a uma profundidade de 20cm, que sejam representativas da área a ser cultivada.  As subamostras são coletadas procedendo-se a um caminhamento em ziguezague, terminando com a mistura de todas elas, que contituirá uma amostra composta.  Esta deve ser enviada imediatamente a um laboratório de análise credenciado, devidamente identificada.

Abobrinha cresce em caramanchão de uva


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Produtores de uva de São Miguel Arcanjo, na região de Sorocaba (SP), encontraram uma forma de aproveitar os caramanchões que sustentam as parreiras para obter renda extra na entressafra. Enquanto as videiras perdem as folhas e "descansam" na época de dormência, que coincide com o inverno, as estruturas são aproveitadas para produzir abobrinhas. A técnica, usada por 10% dos mil produtores de uva do município, é uma boa saída para melhorar a renda dos produtores, segundo o agrônomo Marcos Mendes, da Casa da Agricultura local. "Como a uva só dá dinheiro uma vez por ano, é uma forma de o produtor amenizar custos com a cultura."
A abóbora da variedade menina brasileira, colhida verde, vai muito bem nos caramanchões das videiras. Como seu ciclo é rápido, possibilita a produção sem interferir no ciclo da uva, cujas plantas ficam em estado de dormência vegetativa entre maio e agosto. As abobrinhas ficam penduradas no caramanchão e, sem contato com a terra, adquirem cor uniforme. Também pode ser cultivada, no chão, outra variedade de ciclo mais rápido: a abobrinha de 40 dias. "Adubos e insumos usados nessas culturas servem também para a uva", diz. O cuidado a ser tomado, segundo o agrônomo, é com as infestações de míldio e oídio, pragas que atacam as aboboreiras e são transmissíveis às videiras. "É preciso estar atento e fazer a pulverização adequada."
   Cultivo "aéreo" - O viticultor Airton Rios da Silva plantou 700 pés de abóbora sob o caramanchão que sustenta 900 pés de uvas niágara. Ele fez a condução das plantas com estacas e, em 60 dias, começou a colher. O que se vê, agora, são as abobrinhas "aéreas", penduradas no parreiral. As videiras foram atingidas pelo granizo no fim do ano passado e terão de sofrer uma poda drástica para voltar à produção normal. "Eu ia perder pelo menos um ano de produção e ficar com essa estrutura toda ociosa", diz. "Com a abobrinha, estou livrando o prejuízo." Os pés de abóbora produzem durante 120 dias.
   Limpas e bonitas - As abobrinhas, sem contato com o solo, ficam limpas e bonitas. O ataque de pragas e insetos também é menor e, conseqüentemente, a produção é 25% maior do que no chão. "As plantas aproveitam o solo bem tratado dos parreirais", conta Silva, que no meio do mês de abril vendia a caixa de 22 quilos por R$ 18,00. O preço bom entusiasmou outro produtor, Gilmar Nunes de Souza, até então acostumado a cultivar abóboras da forma convencional, com os pés espalhando-se pelo solo. "Estou tentando arrendar os caramanchões de produtores que pararam com a uva para cultivar a abobrinha".

Fonte:http://hortaeflores.blogspot.com.br/2010/03/cultivo-e-adubacao-de-aboboras.html

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